Este tempo de festas deve
ser uma oportunidade para reflexão, para rememoração, para conscientização a
respeito do que representa esse evento cristão.
Na verdade, o Senhor Jesus
veio ao mundo com uma Missão, dada pelo Deus Pai, de salvar toda a humanidade:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira [TANTO] que DEU o seu Filho
unigênito, para que TODO o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
(Jo 3 16).
Quando o Céu desceu à terra
na pessoa do Senhor Jesus houve [e há] para os seus seguidores o fruto do
Espírito Santo de Deus em nós:
amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio (Gl 5 22-23).
No mesmo evangelho de João,
a Palavra de Deus, nos revela que “Ele veio para o que era seu, mas os seus não
o receberam, mas a todos quantos o RECEBERAM [no coração] DEU-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne nem da vontade do homem, mas de
Deus” (Jo 1 11-13).
É importante lembrar que o
crer no Senhor Jesus corresponde a uma postura nossa de obedecê-lo: “[Jesus]
tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da Salvação eterna para todos os que
lhe obedecem” (Hb 5 9).
Por que frisar que não basta
crer, mas é necessário segui-lo, é preciso obedecê-lo? É que a própria Bíblia
nos afirma que “até o diabo crê e treme” (Tg 2 19); nem por isso ele está salvo, o seu lugar é no fogo do inferno,
local para o qual ele quer levar a humanidade toda.
O Senhor Jesus disse ainda:
“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê
no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3 18).
A Sagrada Escritura nos
ensina que a salvação é pela graça [graça preveniente] MEDIANTE A FÉ no Senhor
Jesus: “Porque pela graça sois salvos, MEDIANTE A FÉ; e isto não vem de vós; é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2 8-9).
A fé sem obras é morta (Tg 2
17), é verdade, mas a salvação é incondicional para todo o que crê no Senhor
Jesus e o recebe no coração; as
obras são o fruto de um coração convertido.
O convertido ao Senhor Jesus
recebe, no ato, a salvação, a definição divina de que a criatura se tornou
filha de Deus, passando a integrar a família de Deus (Jo 1 12, já citado); o exemplo mais marcante disso foi a
conversão de um dos ladrões, na cruz;
“Jesus Cristo prometeu levar o ladrão para casa. ‘Em verdade te digo que HOJE estarás
comigo no Paraíso diz o evangelho de Lucas (Lc 23 43)’” (Marcelo Freixo – FSP
22.12.15 A2).
Todos nós teremos uma vida
eterna, após deixarmos este mundo, uns viverão eternamente na presença de Deus
[Céu, Paraíso], e outros viverão eternamente separados da presença de Deus; é a decisão pessoal, em vida, de
receber, ou não, o Deus Filho no coração que nos resgata do dia da ira: “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos
por ele salvos da ira” (Rm 5 8-9).
O dia da ira ocorrerá após a
retirada dos filhos de Deus da terra; o
Senhor Jesus antecipou-nos a revelação do arrebatamento dos salvos: “Não se
turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai
há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou
preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, VOLTAREI e vos
RECEBEREI para mim mesmo, para que, onde eu ESTOU [Céu], estejais vós também”
(Jo 14 1-3).
Esse evento, ARREBATAMENTO
dos convertidos ao Senhor Jesus, é detalhado na carta de Paulo aos cristãos de
Tessalônica: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a
voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos
para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras” (I Ts 4 16-18).
No arrebatamento o Senhor
Jesus não pisa na terra, não é ainda a sua segunda vinda; Ele se encontra conosco NOS ARES, ENTRE NUVENS. Só depois da Grande Tribulação a que
se referiu Ele (Mt 24 21) é que Ele virá para governar todas as nações, a
partir de Jerusalém.
Então, quando o Céu desceu à
terra, na pessoa do Deus Filho, o Senhor Jesus, foi para trazer-nos a salvação:
“Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3 15).
O Senhor que é Amor,
Misericórdia, Bondade é, também Humildade;
Ele se humilhou vindo à terra para dar a sua vida em nosso lugar. Conta o
salmista: “Esperei confiantemente
pelo Senhor; ELE SE INCLINOU para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Sl
40 1).
Arrependamo-nos de nossa
vida vazia e acolhamos, no coração, aquele que pode nos dar a vida eterna ao
Seu lado.